É sempre um prazer voltar a Ramos Rosa, aos seus primeiros poemas (poesias escritas entre 1958-1973), 3º volume da compilação da sua Obra Poética, editada em 1975, pela Plátano Editora. Com o título «Respirar a Sombra Viva», junta três livros: «A Construção do Corpo»,«Nos Seus Olhos de Silêncio» e «A Pedra Nua». Recordo uma visita, de há muito tempo, à casa do Professor Joaquim Magalhães em Faro, ouvindo-o comparar Aleixo com Rosa e comentando que gostava muito pouco daquela forma poética inaugurada pelo poeta de Faro: ‘uma mão, entra pela porta, rasga a mão e abre a porta’ (adapto o que ouvi há tanto tempo).
Demasiado alto para
o sono
e o amor.
Contra a vertigem
sonâmbula
esta barragem de pedra