Gonçalo M. Tavares (GMT) diz, na altura certa, quando em termos de pandemia a linguagem tem um valor acrescido, que: «qualquer palavra...é uma escolha política». E cita Roland Barthes, no seu axioma conhecido «Não há palavras neutras». Se é assim com as palavras também o é com o sujeito interpretativo, pois é justo dizer que não há pessoas neutras, políticos, jornalistas ou cidadãos. Recordo Paulo Freire, que afirmava a não neutralidade da educação. Por isso é bom voltar ao texto de GMT na ‘Revista’ do Expresso de 5 de fevereiro: «Um cidadão lúcido em democracia ou treina os músculos da linguagem ou é simplesmente um tonto».