Sobre a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, talvez valha a pena perceber que a sua lógica de raciocínio se inscreve numa atitude (portanto não só comportamental, porque intrínseca) de desvinculação das normas civilizacionais e humanistas, de cargos públicos com sentido de estado. Longe vão os tempos do respeito por este tipo de funções. Quando se confunde o espaço privado com a esfera pública e esta acumula este tipo de discurso, percebe-se qual o desiderato: assumir um poder discricionário, disruptivo e revanchista. Por isso não se estranhe que, após a sua expulsão da Ordem – que ela deseja –, a dita se apresente como candidata da extrema-direita neofascista às eleições (sejam autárquicas ou europeias).