Quem me lê sabe o que penso do ‘capitalismo de vigilância’, exercido pelas plataformas cunhadas de redes sociais (termo não despiciendo na lógica da hegemonia da tecnologia): facebook, twitter, whatsapp e quejandos. Não tenho, não subscrevo, nem leio nada que venha dali. Fundamentalista ou não, há muitos anos, o que é certo é que a desmontagem deste mundo imperialista vai fazendo o seu caminho. Depois da ida, ao senado americano, do capitalista financeiro Zuckerberg, da eminência da separação do seu império tecnológico e da sua saída do universo dos media na Austrália, a União Europeia prepara-se para um acordo negocial de pagamento de dívidas daquelas tecnológicas aos media europeus. Tudo porque os conteúdos sérios e monitorizados pelos media (jornais e revistas com edição online) são pirateados e às vezes aldrabados nas leituras realizadas naquelas redes virtuais. Sem qualquer custo na produção, estas redes exploram o trabalho de jornalistas, designers, e outros trabalhadores, ganhando milhões neste casino, acrescentando os lucros da publicidade. O acordo, para já, é só com a Microsoft, desnivelada das outras plataformas porque vive apenas da venda de software em vez da publicidade. É um passo.