Uma das formas de interpretarmos a nossa vida, é rever os livros que compramos em cada época. Por Lisboa, nos idos anos de 1980, logo após ter deixado a vida militante ativa, percebo que me tinha voltado para os problemas da antropologia das culturas. Razões pessoais e profissionais levaram-me para esse campo, que um dia contarei melhor. Aqui, uma compra de livros em Lisboa, na Livraria Editora Barca Nova, com selo aposto e tudo, num total de 1.480 escudos, lá estão entre outros, dois Claude Lévi-Strauss, um Max Weber, O Papalagui - muito antes das modas da ecologia e crises climáticas - e outro que ainda não reconheço. Ao arrumar a estante encontrei este recibo, noutro livro qualquer que não os da compra, e lá ficará por mais uns anos.