No Algarve barrocal e litoral, escasseando a água, era necessário usar as técnicas árabes de recolha e manutenção da água potável. As cisternas recolhiam as águas das chuvas de outono e de inverno para alimentarem as necessidades das populações, sobretudo no espaço doméstico. No verão, era tempo de limpar limos e fungos das águas que restavam e depois caiar com a cal branca e imaculada que conservava e higienizava as próximas chuvas. No litoral, as açoteias (soteias também em Olhão ou na Fuzeta...) permitiam uma recolha mais abundante no inverno, enquanto no verão serviam de soalheira para os almanxares de figos.