Devo, desde já, dizer que acho as palavras de António Capucho, presidente da Câmara de Cascais, representativas de uma atitude rasteira a rasar a xenofobia. E não me venham com as tagarelices securitárias de um polícia para cada cidadão e de que se deve atacar as consequências sem pensar nas causas. Este tipo de problemáticas são endémicas das sociedades desenvolvidas. Se as querem têm que se sujeitar; ou não vêem as reportagens diárias dos EUA. Pior, ainda, são as manipulações mediáticas sobre o descalabro do turismo, assustado com os “arrastões”. No Rio de Janeiro é o pão nosso de cada dia e o turismo cai lá todos os dias, incluindo em Fortaleza. Lembram-se do que se passou lá há uns anos? Mas não há um raio de um sociólogo ou de um antropólogo que venha à televisão dar a cara para falar sobre a progressiva criação e legitimação de guettos de minorias étnicas, desempregadas, ostracizadas e ilegalizadas que potenciam estes mecanismos sórdidos de violência?
Depois da escrita deste post encontro uma adenda pertinente que vale a pena ler. Aqui!