É desta que as casas de alguns, instaladas no território de todos, vão ser retiradas? O governo, no Algarve, anuncia a medida de defender o domínio público marítimo e imediatamente começam as larachas dos direitos adquiridos, as ameaças de manifestação, as pinturas rupestres. Ao longo de anos, uns quantos descarados foram instalando latas e tábuas sobre os cordões dunares, mais tarde substituídos por alvenaria, estreitando as penínsulas de areia da Ria e impedindo todos os outros de quase circular pelas praias. Mas a culpa é de quem só agora consegue aprovar os indispensáveis planos de ordenamento.