quarta-feira, novembro 24, 2004

Ainda as portagens na via do infante

Caro João, é evidente que eu sou contra o pagamento de todos os bens essenciais que deverão pertencer ao serviço público do estado. E por esse motivo também contra o pagamento de portagens. Não só, mas também, pelo facto de cada cidadão pagar, como contribuinte, o imposto de rendimento que deve servir para a prossecução do bem público. Mesmo as empresas, através do IRC (as que pagam), contribuirão para o mesmo. Mas no caso da movimentação contra as portagens na via do infante, o que tento ler são os interesses de um regionalismo autárcico (e devo dizê-lo, também autárquico), veiculado por uma perspectiva familista que se esconde por detrás de movimentações populistas, cujo objectivo não é mais do que o poder. Muitas eleições aproximam-se e a campanha começa agora. Tenho a certeza que as portagens não passarão de putativas e que em 2005 e 2006, este movimento não terá interesse nenhum em defender o mesmo. Vamos ver!