Eduardo Pitta chama a atenção para os 80 anos da publicação da obra prima, do escritor neorealista Soeiro Pereira Gomes, "Esteiros". Esta obra foi para mim, ainda adolescente, parte do ritual de iniciação ao ativismo político antifascista, no tempo cinzento do país. Junto com "Os Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado e com "A Mãe" de Máximo Gorki, lidos em madrugadas contínuas antes da ida para o liceu, os meninos do Ribatejo foram meus companheiros de exploração e miséria, a combater até à liberdade.
