Quando os primeiros tempos de primavera se aproximam, são as abelhas que nos dão os sinais dessa renovação do mundo. Vindas dos montes agrestes de esteva da serra, ou dos barrocais suaves e rasteiros de alecrins e rosmaninhos, as trabalhadoras organizam-se em busca de alimento. Trazem polinizações diversas, de sementes virgens que chegam aos litorais urbanos, recolhendo outros polens atrativos, às vezes em flores tão coloridas como as três irmãs de Afonso Cruz, no livro «Flores». Delas, quase só é percetível o seu sussurrar de flor em flor, escondidas nos âmagos de cada pétala.
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