Tem interesse verificar que é um colunista da direita (Henrique Raposo, no podcast do «Expresso») que vem defender, que a análise da política tem que ser pautada pelo regresso à visão marxista da luta de classes, abandonando a novel metodologia das identidades. Hoje, a visão identitária (género, costume, etnia, etc) permeia toda a esquerda mais radical, deixando-a ou nos braços conservadores do PCP ou nos arrobos inorgânicos da multidão. Aliás, lembro de ter lido Immanuel Walerstein a propósito deste tema, pugnando pela linha da velha análise da luta de classes, na apreciação dos fenómenos atuais, no livro coletivo «A Política dos Muitos-Povo, Classes e Multidão», com organização de José Neves e Bruno Peixe Dias. A reler…