Nunca a esquerda se confrontou com o perigo de candidaturas de direita (quer seja autodenominada social, liberal ou outra coisa qualquer) acossadas, elas também, pela extrema direita neofascista, racista e xenófoba, como nestas presidenciais de 2021. Por isso parece-me que é tempo de ser módico em palavras e rápido e abrangente na decisão de voto. Nas histórias da democracia a abrangência dos democratas foi muitas vezes a forma de derrotar a emergência do fascismo. E se nestes dias turbulentos há alguém que não se aperceba dos perigos dessa potencial saída da caverna, não está a ver o horizonte que se aproxima da Europa. E não é só nestas eleições, mas nas que virão a seguir e, sobretudo, nas nuvens negras que poderão estar à nossa espera a partir de dia 25 de janeiro. E é por estas razões que voto Ana Gomes, a pensar daqui a 5 anos, quando já não haverá Marcelo, para esconder as caras negacionistas do partido socialista. Mas todos os votos à esquerda são bem vindos, tal como sugere o José Teófilo, cujo cartaz uso aqui. Derrotemos as direitas, pois!