Uma vez por outra, Alberto Manguel (agora vivendo em Lisboa) derrama o seu saber nas páginas da Revista do «Expresso». O último ensaio procura descobrir e divulgar o desconhecido que dá nome à rua onde habita o antigo leitor de Jorge Luís Borges. Procurando saber quem foi e o que escreveu António de Sousa Macedo (ASM), Manguel entra curioso para dentro do poema mitológico que aquele escreveu e intitulado «Ulissipo», acertando agulhas com a exegese literária portuguesa que não se afoitou no pré-iluminismo de ASM, e que não descortinou os seus conceitos de ‘Fortuna’ e de ‘Fado’:
“Fortuna não he fado, ou contingencia;
He fruto das acçoens, com que a fabrica,
Artifice a sy mesmo, quem lhe applica
Os meios de uma, ou de outra consequencia.”