quinta-feira, janeiro 21, 2021

As marcas da literatura caseira

Alguns bons anos depois, e por razões de curiosidade fílmica, voltei ao «O Eixo da Bússola», conjunto de crónicas de Mário Cláudio, que o tinha dispersado por revistas várias. Em geral, uso marcador para deixar para o dia seguinte a continuidade da leitura, mesmo correndo o risco de iniciar sempre no topo da  página par. A prova está ali, na mesa de cabeceira, onde descansam esperando, o 2º volume de «De Angola à Contracosta», de Capelo e Ivens; o genial «Sinais de Fogo» de Sena; e o livro de poemas de Drummond de Andrade «A Rosa do Povo».

No caso de Cláudio, fui dando conta de que, da primeira leitura, ainda ficaram as marcas das paragens no tempo, nos cantos dobrados e vincados das páginas ímpares, cujos títulos das crónicas não desmerecem referi-los aqui: O Destino de Coco; Se Branwell Falasse; O Priminho Escocês; Os Olhos de Frau Seidler; Um Sorriso de Buda; Caderneta Escolar; Pai Nosso; e muitos outros que tais. Mário Cláudio merece-o!