Há algum tempo, talvez por volta de 1991, publiquei uma imagem a cores na revista do «Jornal do Algarve» (Magazine), que fiz do alto das muralhas de Monsaraz e que mostrava um plano desenhado nos campos dos vales em redor, composto por um padrão cromático de castanho-terra e verde-oliveira. O Fernando Cabrita, amigo que dirigia a revista, deu-lhe a seguinte legenda: “de como a natureza imita a arte” (aproximo a frase porque não vou agora procurar o exemplar). Há dias, numa das minhas caminhadas, olhei para uma parede de argamassa que divide um estreito caminho rural, onde passo muitas vezes, e a luz (tão importante no nosso olhar) mostrou-me o que antes não tinha visto, com olhos de ver. Aqui está, de como a arte imita a natureza!