De entre os muitos livros que li este ano, e que fui colocando por aqui, escolho a obra prima de Jorge de Sena, Sinais de Fogo – que ainda estou a ler – como o meu livro do ano:
Era como se um veneno, um miasma, um vírus peçonhento houvesse invadido a minha vida e a de todas as pessoas que me rodeavam, sem que, todavia, se pudesse saber onde estava o foco de infeção. A vida de todos estava contagiando a vida de outros, mas eu não podia sequer dizer quando aquilo começara, desde quando, como uma nódoa alastrante, vinha sujando tudo e todos. (Jorge de Sena, Sinais de Fogo, p. 256)