Uma caminhada pela periferia da Praia do Trafal levou-me à velha Fonte Santa de Quarteira. O seu estado de abandono mostra como a patrimonialização interessa-se apenas pelo cosmopolitismo das praias e destina-se apenas aos turistas. Mesmo sem a importância das qualidades medicinais das suas águas, a Fonte Santa merecia mais da Junta de Freguesia de Quarteira e da Câmara de Loulé, apostadas em mostrar a sua pós-modernidade de pés de barro. O artigo sobre o tema, incluído no Boletim do Centro de Documentação do Museu Municipal de Loulé (#29 outubro 2020), ao invés de historiar apenas os banhos tradicionais nas águas da Fonte (excelente fotografia de António Retratista) deveria também sugerir a sua reabilitação. Ou não?