A entrevista de Ana Gomes, a Sousa Tavares na TVI, foi a única que mostrou uma candidata verdadeiramente com competência na candidatura e eventualmente no desempenho do cargo. Demarcação do presidente atual, na política interna e externa, na recusa do poder da extrema direita, na magistratura de influência ao alcance do cargo presidencial, e ainda na marca defensora dos direitos humanos na relação internacional bilateral e multilateral, por exemplo com o Brasil. Bem quis Sousa Tavares colar Ana Gomes a um passado político de juventude, no MRPP, a que Ana Gomes respondeu com sinceridade mas sem negar os seus tempos de militância na esquerda radical; e fez bem, em dizer que não se arrepende, como se Tavares fosse um padre a obrigar a remissão de pecados. Patetice que não interessa muito, como se obrigássemos o entrevistador a arrepender-se das perdizes e das lebres que já matou!