«Confesso que sou um ingénuo. Eu julgava que os critérios de progressão na carreira dos professores universitários só poderiam apontar para uma avaliação predominantemente qualitativa do trabalho realizado, tanto na docência, como na investigação. Um professor, por exemplo, que, durante alguns anos, se limitasse, pedagogicamente, à veloz e expedita encenação do vómito sebenteiro e que, em matéria de investigação e de formulação de um pensamento científico crítico, não fosse capaz de ir além da patética ruminação dos condensados dos "mestres" - seria liminarmente erradicado da universidade. Isso julgava eu, mas parece que não é esse o entendimento dos ilustríssimos catedráticos do IEP da UM». Ademar Santos em discussão no Abnóxio.