O Luís Ene foi um dos primeiros bloggers portugueses. Foi também um dos primeiros que li. Há cerca de um ano, tive a oportunidade de coordenar um suplemento cultural em «A Voz de Loulé» que contou com a sua excelente colaboração, através das suas belas pequenas histórias, estas de proveito e de exemplo. Hoje, reparei que estava a comemorar os dois anos de existência do Ene Coisas. Dei uma vista de olhos pelo seu primeiro post, a 13 de Março de 2003, e retirei de lá esta pequena pérola:
«Excitações. Não consegui resistir ao trocadilho fácil (mea culpa) mas existem citações de abertura que são verdadeiras excitações, não só pelo que dizem mas também pelo que anunciam. Hoje trouxe da biblioteca municipal o último romance (à data) de Francisco José Viegas, Lourenço Marques, que abre com esta citação de Philipe Roth: “Então, eu pensava no género de histórias em que as pessoas transformam as suas vidas, e no género de vidas em que as pessoas transformam as suas histórias.” A abrir o capítulo VI, Acção, d’ A Condição Humana, a que regresso muitas vezes, Hanah Arendt, cita IsaK Dinesen ( aliás, se não me engano, Karen Blixen): “Todas as mágoas são suportáveis quando fazemos delas uma história ou contamos uma história a seu respeito.” Fica-se ou não com vontade de mais?»
«Excitações. Não consegui resistir ao trocadilho fácil (mea culpa) mas existem citações de abertura que são verdadeiras excitações, não só pelo que dizem mas também pelo que anunciam. Hoje trouxe da biblioteca municipal o último romance (à data) de Francisco José Viegas, Lourenço Marques, que abre com esta citação de Philipe Roth: “Então, eu pensava no género de histórias em que as pessoas transformam as suas vidas, e no género de vidas em que as pessoas transformam as suas histórias.” A abrir o capítulo VI, Acção, d’ A Condição Humana, a que regresso muitas vezes, Hanah Arendt, cita IsaK Dinesen ( aliás, se não me engano, Karen Blixen): “Todas as mágoas são suportáveis quando fazemos delas uma história ou contamos uma história a seu respeito.” Fica-se ou não com vontade de mais?»