Só hoje encontro e leio o meu texto publicado no jornal «Público» e recorto-o lembrando algumas das suas palavras: «Portanto, uma espécie de pró-governo regional, que reivindica poderes e lugares, numa altura em que as portagens não existem e muito antes de os protestos terem cabimento, ou seja em 2005, ou 2006. Mas tem sentido ganhar apoios agora, para jogar depois». Escrevi isto a 14 de Novembro e o jornal publicou a 19. Depois disso, o presidente dissolveu o parlamento e decidiu a convocação de eleições antecipadas; a comissão contra as portagens no algarve diz-se atenta; o governo enterra-se num crash inédito em Portugal. Há momentos em que não sabemos se devemos ficar contentes ou tristes por termos tido razão.