O António chega à Holanda, olha o privilégio das ciclovias sobre as rodovias, o respeito pelos cidadãos que circulam a pé e de bicicleta em detrimento dos automobilizados, e resolve propor algo idêntico para Portugal, melhor, para Loulé. É normalmente assim que os nossos autarcas funcionam: vêem as fontes e as rotundas e importam as ideias para as suas freguesias. Normalmente essas ideias são abstrusas e ficam fora de qualquer contexto cultural local. Porque os nossos engenheiros e arquitectos, com medo do provincianismo, tornam-se saloios, não têm qualquer perspectiva de futuro e são tudo menos defensores de uma ecologia sã e participada. Vejam a Avenida Andrade Sousa: sem quaisquer corredores para ciclistas. Sobre isto já escrevi, de forma detalhada, aquando do Dia Europeu sem Carros.