A propósito de erros históricos, que se constroem como verdades, Luís Guerreiro escreve um interessante post, um pouco hermético mas melhor desvendado nos comentários. Ainda a propósito do mesmo tema, tenho discutido este assunto e defendido a ideia de que os historiadores mantêm um tabu na historiografia sobre o estado novo, quase se ajoelhando perante as ditas grandes figuras e “homens bons”, designação medievalesca para disfarçar os representantes políticos de um certo poderio económico. Então, se pensarmos nas abordagens da história local ao território do Algarve (de que o concelho de Loulé pode ser paradigmático) encontramos quase sempre a lauda das figuras de estado, a biografia dos poderosos, o encómio da dita intelectualidade.
É claro que este assunto merece um desenvolvimento maior e por isso conto sobre ele escrever numa próxima coluna n’«A Voz de Loulé».