(Burgau, Algarve, 2018)
Além disto os encantos que reconheço ao mar são-nos hoje recusados. Como um animal que envelhece e cuja carapaça se torna mais espessa, (...) a maior parte dos países europeus deixa as suas costas revestirem-se de vivendas, hotéis e casinos. Em vez de o litoral esboçar, como outrora, uma imagem antecipada das solidões oceânicas, tornam-se uma espécie de frente de batalha em que os homens mobilizam periodicamente todas as suas forças para atacar uma liberdade cujo preço eles desmentem pelas condições nas quais aceitam apoderar-se dela (p. 335).E nós, os que nascemos ou vivemos no Algarve, o que temos a dizer?