Bee Movie (pode traduzir-se como uma homenagem a filmes da série B) nasce de uma ideia de Jerry Seinfeld. Pois é, o cómico da televisão que transformou uma série sobre coisas banais da vida, numa série de culto. Agora, por ter escrito o argumento do filme da abelha, é levado muito pouco em conta pela crítica, o que é estúpido (ver o “Actual” do Expresso de hoje, ou a Time Out).
O filme assenta na ideia de uma abelha reformadora que coloca os humanos em tribunal, para contestar a roubalheira do mel que produzem há milénios. Apesar de pequenos momentos mais lamechas, o filme é inteligente e vive muito mais do humor verbal do que dos gags da própria animação. A comissão de espectáculos não sabe como classificá-lo e com razão. Os diálogos são muito adultos, apesar de serem perceptíveis por crianças a partir dos 6 anos, se acompanhados como deve ser pelos pais, claro. E a animação ajuda. As vozes de Barry B. Benson (a abelha protagonista), quer na versão original, com Seinfeld, quer na versão portuguesa, com Nuno Markl, dão um toque maduro q.b. e retiram a infantilidade que se espera, sempre, das vozinhas dos desenhos animados destas histórias.
No fim, podemos confirmar o génio de Seinfeld, na fala do mosquito Black, que aparece de pasta na mão, como advogado substituto de Barry e que responde à vaca malhada que protestava contra a roubalheira do seu leite pelos humanos: “Bom, eu sempre fui um parasita, só me faltava mesmo uma pasta para também ser um advogado”. Genial, não vos parece?
O filme assenta na ideia de uma abelha reformadora que coloca os humanos em tribunal, para contestar a roubalheira do mel que produzem há milénios. Apesar de pequenos momentos mais lamechas, o filme é inteligente e vive muito mais do humor verbal do que dos gags da própria animação. A comissão de espectáculos não sabe como classificá-lo e com razão. Os diálogos são muito adultos, apesar de serem perceptíveis por crianças a partir dos 6 anos, se acompanhados como deve ser pelos pais, claro. E a animação ajuda. As vozes de Barry B. Benson (a abelha protagonista), quer na versão original, com Seinfeld, quer na versão portuguesa, com Nuno Markl, dão um toque maduro q.b. e retiram a infantilidade que se espera, sempre, das vozinhas dos desenhos animados destas histórias.
No fim, podemos confirmar o génio de Seinfeld, na fala do mosquito Black, que aparece de pasta na mão, como advogado substituto de Barry e que responde à vaca malhada que protestava contra a roubalheira do seu leite pelos humanos: “Bom, eu sempre fui um parasita, só me faltava mesmo uma pasta para também ser um advogado”. Genial, não vos parece?