Paulo Freire foi o pedagogo que me entusiasmou no PREC, nas ações de dinamização política e associativa, na qual a educação participativa era o cerne da filosofia. Refiro isto na introdução da minha tese de mestrado, sobre a educação no desenvolvimento, onde Freire é o 'apóstolo', citado por diversas vezes. E uso este termo em homenagem ao educador comunitário mais famoso do mundo. Ele mesmo se referia a si, como tendo uma face marxista e outra cristã. Paulo Freire dá nome ao auditório onde lecionei muitas aulas e seminários ou organizei diversas conferências. Nestes dias, na proto-ditadura brasileira de Bolsonaro, ele é mais uma vez perseguido - mesmo depois de morto - tal como nos tempos da ditadura militar, bem como grande parte dos educadores e professores de esquerda e humanistas brasileiros. Por isso, é tão importante destacar o seu legado e defendê-lo. O dossiê organizado por Mariana Carneiro, nos 100 anos de Paulo Freire, é um passo nesse sentido. É preciso ler!