Só se vislumbra uma chaminé entre a vegetação. Ela estaria acima do telhado e, por isso, pressupomos uma casa quase enterrada entre figueiras, alfarrobeiras e silvados. Ali, há muito tempo, deve ter vivido gente que do seio da terra retirou argilas e pedras e produziu taipa, para construir a casa onde viveu. Depois da sua vida, a casa regressa à natureza de onde proveio, esboroando-se a terra no chão que a viu nascer. O tempo da urbanização nos arredores da cidade transforma-se, ciclicamente, na plena ruralização dos seus arrabaldes, como se fora um vaivém da vida e da morte.