Não será a minha eleita a presidente da República, eventualmente. Mas a candidatura de Ana Gomes à presidência é fator decisivo de combate à extrema-direita reacionária. Por um lado, tem condições para recolher os votos de socialistas militantes e eleitores, que não se revêem no golpe unilateral e antecipado de António Costa; por outro lado, pode ainda canalizar votos de alguma direita descontente com o bloco central dos interesses capitalistas (de PS e PSD) plasmados na presidência de Marcelo. À esquerda, eventualmente Marisa Matias e o sempre militante destacado do PCP (seja quem for), cumprirão a quota da esquerda, à esquerda do Partido Socialista. À direita, se surgir a candidatura liberal de Adolfo Mesquita Nunes, fica o caldeirão eleitoral quase preenchido, derrotando o inimigo dos ciganos, dos trabalhadores e da democracia.