A (serpente) vai fazendo companhia, entre outros textos de Herberto Helder, nas noites de espera. Poesia limada e depurada em prosa, gramática pura e vocabulário de abrir os olhos:
Passemos à nova fase, agora que o poema está resgatado de tantas dívidas culturais e pagou juros muito acima da legalidade. Agora o poema é um instrumento, mas não das disciplinas de cultura, é uma ferramenta para acordar as vísceras - um empurrão em todas as partes ao mesmo tempo. (Photomaton & Vox).