A lista do Bloco de Esquerda, candidata pelo Algarve às eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022, volta a retroceder no passo. Tal como em 2011, o cabeça de lista não é da região, apesar de ter sido feito um esforço para mostrar a cara e o trabalho de José Gusmão, atual eurodeputado do BE, pelas terras algarvias. Após Cecília Honório (Professora, Lisboa), deputada eleita em 2011, foi a vez de João Vasconcelos (Professor e vereador em Portimão), que se tinha destacado na luta contra as portagens na A22 (Via Infante de Sagres), enquanto ativista e membro destacado da CUVI (Comissão de Utentes da Via do Infante). Na altura daquelas lutas, entre 2008 e 2015, bem o disse pessoalmente, que haveria de ser deputado e foi-o, tanto em 2015 como nas eleições quatro anos depois. O que se passou para dar azo a este retrocesso? O mesmo de sempre! A total ausência de renovação e de formação de quadros jovens, o sectarismo perene das hostes bloquistas, herdeiras do fechamento ideológico da ex-UDP e, naturalmente, o poder decisório e impositivo da direção nacional do partido. Os candidatos que se seguem nos segundo e terceiro lugares, não os conheço, nem me parecem ser reconhecidos pelos eleitores do Algarve; ou então sou eu que vivo isolado das dinâmicas da política. Ao BE, espera uma grande descida eleitoral no Algarve.