José Carlos Barros é o vencedor do prémio Leya de 2021 (valor de 50 mil euros), com o romance «As Pessoas Invisíveis», ainda não publicado. Poeta e romancista, jcb – como assina os seus desenhos – já foi premiado várias vezes com contos e poesia e foi ainda finalista do prémio Leya de 2012, com o romance «Um Amigo Para o Inverno» (Casa das Letras, 2013). Conheci-o nos posts da blogosfera, na altura da grande dinâmica dos blogs em Portugal, a partir de 2003-2004. Escrevia no blog Presa do Padre Pedro, ainda antes do mais recente Casa de Cacela, nome do seu empreendimento turístico na Vila Nova de Cacela. Entre contos, poesia e romance, teve ainda tempo para dirigir uma excelente revista de temática cultural, com ensaios, estudos e entrevistas sobre assuntos diversos do Algarve, que ainda assinei até ao seu desaparecimento (Sul). Em tempos convidei-o para introduzir a poesia de Casimiro de Brito, numa conferência em Loulé, e o Zé Carlos deu bem conta do recado contando a história de uma troca justa que fez em Lisboa: ao invés de comprar o almoço, comprou um livro de Casimiro, porque o dinheiro era limitado. A última edição de José Carlos Barros, «Estação» (On y Va, 2020), é a antologia de poemas seus publicados no DN Jovem, onde debutou nos anos 1980, entre outros valores confirmados das nossas letras. Parabéns amigo!