É este plano de água, rodeado de azinheiras, sobreiros e matagal aquático, com areão desprendido das rochas marmóreas, calcárias e argilosas, pelo roçar contínuo da água doce da ribeira de Odivelas, submetido às massas de ar ténues e frescas do noroeste, que nos abriga em tempo de descanso, quente nos dias da calma alentejana, queimando como um braseiro, mas fresco, muito fresco, nas noites mesmo de agosto, quando o céu, imune às agressões da iluminação artificial, deixa ver, muito claro, as estrelas, os planetas e as galáxias, entre as poeiras cósmicas. Talvez este seja o paraíso, ou pelo menos o mais próximo dele…