sexta-feira, setembro 17, 2021

As praias do meu contentamento descontente


São poucas as praias, nas costas sul e ocidental, que desconheço. Sei que há muita gente que também o diz. Em tempos, fui divulgando aos amigos ocasionais os locais mais recônditos, em que as areias quase desertas e o mar limpo nos esperavam, acolhedores. Um dos exemplos é a praia da Amália, junto da casa que comprou no Brejão, na freguesia de São Teotónio/Odemira. Em agosto de 2017 ainda se contavam numa mão, os presentes nas suas areias; três anos depois, no mesmo mês, mesmo cedo, era quase impossível encontrar uma nesga de areia disponível. Claro que a moda e os media tratam do assunto, e permitem a liberdade de conhecer recantos da natureza ainda quase intocáveis, mas o seu efeito é naturalmente a pressão que degrada e polui areias, caminhos, aldeias e o mar, já farto de plástico e de petróleo. Conheço as duas praias menos acessíveis na costa ocidental, onde nem todos se aventuram e, por isso, poderão ser por enquanto o meu refúgio de egoísmo. Uma delas é esta!