Ali abaixo, falava do cartaz da iniciativa de solidariedade com Timor-Leste, realizada em Loulé, em Fevereiro de 1992. Que me lembre, foi das primeiras manifestações de solidariedade que aconteceram no país. E a sua origem foi tão prosaica quanto uma conversa a uma esquina pode ser. A ideia foi fabricada ali perto da rotunda da Praça da República, em Loulé, mesmo debaixo da entrada da CGD, por mim, pelo Joaquim Mealha, meu colega do Gabinete de Desenvolvimento Rural da Câmara de Loulé e pelo José Teiga, à época julgo que presidente da Casa da Cultura de Loulé e encenador do seu Teatro Análise de Loulé. O cartaz, de que vos queria falar, foi desenhado pela Erundina, por sugestão julgo que do Daniel Vieira, também professor e artista plástico, que me acompanhou a casa da artista ali para os fins da avenida José da Costa Mealha. As recusas foram quase inexcedíveis. Aquilo que os artistas dizem sempre: não têm tempo, julgam-se incompetentes, o desafio é muito exigente. Acho que a convenci quando disse que Timor é que não tinha tempo e que por isso muitos artistas iriam colaborar, o que foi mesmo verdade. E a Erundina cumpriu o prometido: fez o cartaz a tempo e horas que o Guanito, da Gráfica Comercial, imprimiu (bem como o programa). Ainda por cima um excelente cartaz.