«A Lua e as Fogueiras», de Cesare Pavese, é uma obra escrita com o amor neo-romântico dos italianos. Este, não é qualquer um; Cesare Pavese, tem a prática da escrita e da leitura – enquanto trabalhou na Editora Eunadi desenvolveu o gosto do vocabulário, com traduções e escritos redatoriais – e as suas páginas têm a beleza do bucolismo dos campos, nos olhares do outro que vem das Américas. As vinhas e os campos de trigo, os bastardos explorados pelos latifundiários das quintas, as festas e os desamores das iniciações sexuais, quase sempre escondidas nos olhares tímidos e nos pensamentos mais conspícuos, são panegíricos da beleza rural, entre as batalhas da segunda guerra. Pena que a tradução da edição que tenho (coleção Mil Folhas-Público), seja pouco cuidadosa, na construção das frases e nalgumas, poucas, gafes.