Sim, eu também joguei futebol, desde sempre: em pelados rafeiros, em campos pequenos e grandes feitos à unha, pelos aficionados do meu bairro e, mais tarde, na equipa de juvenis do Silves Futebol Clube, quando estudava na Secção Preparatória Comercial na cidade dos velhos árabes. A vitória era premiada com um galão e uma sandes de queijo e as botas eram usadas e de travessões. Mais tarde, abominei o futebol milionário de patos bravos, hoje dominado pelas máfias sem país e sem cor. Por isso percebo o Miguel Sousa Tavares e os seus desabafos, e tenho em casa quem diz o mesmo: ‘que a seleção de futebol fique pelo caminho, já nesta fase de grupos, para acabar com a diarreia de ignorância e de bacoquice lusa, que o direitista Scolari inaugurou e que os saloios portugueses puseram à janela. Por isso Miguel, não houve só um português, nos 10 milhões, que resistiu!