Vi a entrevista do ministro Pedro Nuno Santos (PNS) a Vitor Gonçalves, na RTP 3. Não o achei especialmente à vontade nas questões ideológicas, sobretudo no tema mais badalado - as eleições presidenciais. A argumentação é um pouco dogmática ('visão do mundo', 'socialista', 'defesa dos mais desfavorecidos'). Sobre o capitalismo financeiro, a exploração do trabalho, a desigualdade social das classes, pouco ou nada. Mas no que nos interessa aqui, convém destacar a sua frontalidade, já que a bomba que lançou deixou muitas abertas para o vento leste passar. Não havendo candidato da área socialista, o ministro e cidadão socialista Pedro Nuno Santos não vota em Marcelo. Marcelo é da direita e por mais que o 1º Ministro o esconda e embrulhe como favorável à esquerda portuguesa, a equação é simples: se Ana Gomes não avançar, PNS vota no candidato do Bloco ou no do PCP. E mais nada!
Aconselho o texto, argumentado com teoria democrática, de Paulo Pedroso (aqui!)