Estávamos a dois meses do 25 de Abril de 1974, mas a crise do Estado Novo, e a abertura forçada do marcelismo de continuidade, permitia toda a resistência e protesto, mesmo em forma de parada e paródia carnavalesca. Em fevereiro de 1974, em Loulé, Valter Contreiras - animador social e associativo da cidade - convida o seu primo Adão Contreiras e José Maria Oliveira (mais tarde animador da Câmara de Loulé) para dinamizarem um carnaval diferente. O cartaz (reproduzido acima) dá o sinal de rutura política e os carros apostam na crítica social local e nacional.
O pequeno filme, de cerca de 3 minutos, filmado por Wenceslau Pinto, foi há tempos digitalizado pelo Adão e pode ver-se no seu blog.