CR7 fez 35 anos! E depois? A diarreia de reportagens dos media sobre o assunto, mostra como a indústria da cultura de massas é capaz de produzir e reproduzir, até à exaustão, simbologia de legitimação popular que só reforça a hegemonia do capitalismo e do poder monopolista do dinheiro. Nesse dia, outra gente nasceu, e vive esse mesmo dia a tentar saber como estenderá o rendimento do trabalho até ao fim do mês, ou pagará os impostos no meio do ano. A desigualdade social é também reforçada pela desigualdade de apropriação dos valores simbólicos e culturais inculcados pelos mass media, que assim cobram parte do pecúlio da exploração dos milhões que o futebol movimenta. Razão tinham, há quase um século, os sociólogos da Escola de Frankfurt: se o meio é mesmo a mensagem, então CR7 é o melhor meio para a exploração simbólica e real do valor do dinheiro no capitalismo financeiro.