Livros de cabeceira, há uma semana atrás. Ainda o último romance de Robert Wilson estava em leitura. Agora, na sua posição deitado, está A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells.
Ao mudar a posição da mesa observei-a de outro ponto de vista; não o do leitor mas o do definidor de cânones. Sim, aceitemos alguns cânones de literatura, de Steiner a Bloom, ou mesmo de Francisco José Viegas. O meu poderia ser este, ou melhor, ter nesta mesa parte dele. Aqui estão Ulisses, de James Joyce, O Valente Soldado Schveik, de Jaroslav Hasek, O Som e a Fúria, de Faulkner e, escondido na prateleira do meio, o nunca acabado Viagem ao Fim da Noite de Céline. Na cómoda, à minha frente, estão muitos mais: Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, Nós, de Zamiatine e Photomaton & Vox, de Herberto Helder. Todos eles precursores de muita coisa nas palavras escritas. E há mais, muitos mais, espalhados pela compulsão da casa!