Quando iniciamos um projeto não sabemos quando ele acabará. Criado na época da blogboom, quando o 'capitalismo da vigilância' ainda não tinha sido inventado pelos monopólios da tecnomedia, este blog foi servindo para treinar a escrita sobre tudo o que fosse útil dizer: em tempos de maior ou menor ativismo, na política, nos movimentos sociais, ou apenas na boémia libertária do lazer - ócio, ócio, que o trabalho é alienante.
São passados 16 anos, com a irregularidade apanágio das nossas vidas, num tempo em que desapareceram quase todos os blogs algarvios desses momentos frenéticos, agora substituídos pelo frenesi das redes de exploração de dados a que o vulgo chama de 'sociais'. Pois fiquem sabendo que a minha luta, aqui nestes domínios, passa por pequenos passos carbonizadores: não tenho, nem nunca terei a merda do feicebuque (à RAP, pois claro, leiam, leiam), watsapp, ou outra bolha qualquer de seita, e mesmo no gmail, são poucas as pegadas que deixo nesse lixo cibernético. Neste blog também é recusada a publicidade.
Daqui a mais 16 anos iremos ver!!
Nota: aproveito para dar os parabéns ao João Martins, que ainda se mantém desde 2006, com uma regularidade e pujanças necessárias à diversidade e heterodoxia das vozes públicas (ver aqui)