Não é visível, à partida, a relação entre as refeições das cantinas escolares e a autonomia das escolas (ver aqui o artigo de António Nabais no 'Aventar'). O que é certo é que a partir da empresarialização das compras dos alimentos, e da entrega das cantinas a empresas, a autonomia e tudo o que ela consubstancia de proximidade, interrelação escolar e respeito pela economia local, transformou-se no seu oposto, a heteronomia. Quer dizer que tudo é imposto pelo exterior, quer ele seja o município ou as grandes empresas. Por isso, a luta contra a municipalização das escolas é um desiderato de todos aqueles que consideram a defesa da escola pública.