(Portada do El País)
Quem analisa o tsunami democrático na Catalunha como se fora uma revolta juvenil, está a ver apenas as filas da frente dos milhares de manifestantes em marcha para Barcelona. Quem julga que este movimento de massas nunca visto, é apenas uma rebelião contra a condenação dos líderes catalões democraticamente eleitos, pretende apenas pôr nas mãos do poder judicial espanhol, aquele que é um problema político de fundo. Uma questão de nacionalidade, numa Espanha multinacional que nunca se enfrentou, como um abanico de identidades dispersas que deve dar a palavra ao povo sobre a sua auto-determinação. Como dizia um sexagenário catalão, há pouco na SIC, se o poder judicial e político toma decisões nos gabinetes contra o povo, o povo toma as ruas. Como fez em toda a sua história.