O consórcio GALP/ENI desistiu da exploração do furo de petróleo no Algarve. Após várias ações de luta da Plataforma Algarve Livre de Petróleo, do descontentamento de autarcas e populações e da providência cautelar aceite no Tribunal Administrativo de Loulé, cessa mais um dos negócios de exploração de hidrocarbonetos no país. Acontece que a utilização de combustíveis fósseis continua a disparar, seja pela industrialização crescente dos países emergentes, seja pelo uso descontrolado da mobilidade automóvel. Como dizia uma colega minha num pequeno debate performativo: «Estamos muito contentes e somos contra a exploração de petróleo no Algarve, mas ele continua a ser explorado e a servir-nos, vindo dos países explorados do terceiro-mundo». Meditemos pois, em tempos de recordar o que foi o internacionalismo das causas, e o que tem sido a prática nacionalista das mesmas.
Nota: Este tema merece ser acompanhado aqui.