quinta-feira, junho 28, 2007
Amos Oz
Amos Oz, escritor e ensaista israelita, jerosilimitano como gosta de se definir, acaba de ganhar o Prémio Príncipe das Astúrias. Há dias falamos dele a propósito de "Contra o Fanatismo", ensaio sobre a estupidez de todos os fundamentalistas. Congratulamo-nos.
quarta-feira, junho 27, 2007
Nota
Ler o que diz Rui Bebiano, sobre a "tradição" do S. João no Porto.
MCB do fundo do coração
Há uns dias, disse que Berardo andava a aparecer em todo o lado, sem interesse nenhum em nada, claro. Aí está ele de novo, desta vez a encerrar o Centro Cultural de Belém (CCB) e a substituí-lo pelo Museu Colecção Berardo (MCB). No golpe, leva Mega Ferreira arrastado. Continuemos atentos à saga.
terça-feira, junho 26, 2007
segunda-feira, junho 25, 2007
Memórias do Algarve
As memórias são um excelente instrumento de reflexão sobre a nossa história. O interessante nelas, é que a sua construção e difusão se faz de forma partilhada e, por isso, elas só têm sentido se inscritas num quadro de referência social específico. Cada lugar tem as suas memórias e é bom colocá-las perante o olhar dos outros. Vem isto a propósito de dois pequenos filmes: um sobre o trabalho e o lazer numa quinta agrícola das hortas litorais do Algarve; e outro sobre a prática dos banhos de mar nos quentes verões do Algarve. Ambos foram captados pelo eng. agrónomo Salema de Azevedo, no seio da família da Quinta de Bela Mandil, junto a Olhão e mostram algumas práticas económicas, sociais e educativas da burguesia rural de meados do século passado. São excelentes documentos de época, já com um grande sentido estético e cinematográfico. A montagem de APC ajudou bastante. Ver aqui.
domingo, junho 24, 2007
Zurraria
É devido há muito tempo. Foram meus alunos numa semestral do curso de Ciências da Comunicação, na Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve. Escrevem bem, são atentos e irónicos q.b. têm o hábito da tertúlia permanente e andam sempre de jornais de referência na mão. Não é possível pedir mais. São o Pedro, o João, o Bruno, o Nuno e o David. Lêem-nos no Zurraria, um blog de onde se diz que se escrevem coisas...
Max Aub
Era um barbeiro competente, que nunca tinha ferido ninguém. Mas, naquele dia, as borbulhas do cliente de barba pouco espessa revolveram-lhe as tripas. Revolveu escanhoar a barba à volta da primeira borbulha que viu. Mas, na segunda não resistiu. Golpeou-a e, depois, levado por um frenesi maléfico cortou a cabeça do homem.
Max Aub, nos "Crimes exemplares", em adaptação livre, lido no banco de jardim entre os livros do continente do Belmiro, em Albufeira.
Lil'Bush no Iraque
Episódio 1 de "O Pequeno Bush: presidente dos Estados Unidos", série criada por Donick Cary e a passar no canal de cabo Comedy Central. Depois de "Os Simpsons" (dos mesmos criadores), podemos deleitar-nos com as aventuras surrealistas dos Pequenos Cheney e Rummy e das Pequenas Condi e Clinton. Ainda em condições técnicas muito primárias mas, mesmo assim, a ver já.
Memória
A acompanhar, com destreza, para que as folhas não caem no chão. Ou melhor, deixá-las cair todos os dias, bebendo as palavras que deixam no ar volátil. João Ventura, como o conheci a escrever sobre o estralejar da fritura das filhós, na frigideira de Natal. Uma memória das redacções da Escola Industrial e Comercial de Portimão.
sábado, junho 23, 2007
Amos Oz
Lendo, na praia das Dunas, porque é pequenino e cabe no bolso dos calções, claro. Amos Oz, israelita, melhor jerosolimitano, "contra o fanatismo":
Há uma desordem mental muito arreigada, uma conhecida doença mental chamada "síndrome de Jerusalém": uma pessoa chega, inala o ar puro e maravilhoso da montanha e, de repente, inflama-se e pega fogo a uma mesquita, a uma igreja ou a uma sinagoga. Ou então, tira a roupa, sobe a um rochedo e começa a fazer profecias. Já ninguém escuta.
sexta-feira, junho 22, 2007
De España
Longe daqui, por causa do sol de Espanha. Não foi a cabeça não, mas viagem com alunos a seminário freiriano. Pouco calor nas ruas de Sevilla, mesmo assim, calamares e cerveza San Miguel, fresco nas salas aristocráticas e populares. Ay Carmela e Juan Carlos, quase de seguida. Mas sim: 1400 associaciones de mujeres en Andalucia. Vocês acreditam?
Por aqui, haverá novidades.
Por aqui, haverá novidades.
domingo, junho 17, 2007
Wiki à portuguesa
Rui Bebiano escreve sobre a importância da Wikipédia na construção do conhecimento universitário. E - apesar de colocar alguns pontos de cautela sobre o instrumento -, não deixa de o reconhecer como uma interessante ferramenta de estudo e de trabalho, que não podemos ignorar. A minha opinião, ainda que ligeira, está expressa neste post.
Rivolução II
Ainda a propósito do que disse aqui, é conveniente ler o post de TBR sobre a governança de Rui Rio na Câmara do Porto, particularmente na área cultural. O Teatro Rivoli é, dessa governança, um exemplo paradigmático.
Ai Portugal, Portugal...
Também concordo. Porque é que se pensa que a equipa da Holanda combinou com a Bégica o resultado? Bom, eles estão ali lado a lado, não? O que é certo é que a equipa de Portugal só deu barraca contra a Bélgica, perdeu com a Holanda como deveria, e lá deu 4 a zero a Israel, para satisfazer o treinador, na bancada. Agora Portugal só depende da Inglaterra, que esta ganhe, claro. Só por "conveniência" a Inglaterra não vai ganhar, porra.
Um graffitti que não mente
Ver aqui um belo graffitti, de Lisboa, um dos moinhos de vento de Telmo Correia, candidato à Câmara da cidade.
Tradições III
O que disse aqui, há uns dias, começa a perceber-se. Por esta via soube do texto sobre as "marchas populares" de Quarteira, encenadas como representativas e genuínas das localidades ribeirinhas. O interessante é verificar que os dois pontos de vista - apesar de diferentes - são farinha do mesmo saco: tradições bem, ou mal, inventadas, não deixam de ser construções culturais. E qualquer que seja a sua tipologia, esta servirá sempre os interesses de qualquer poder.
Ivo Cruz
Domingo sem missa, mas com muita preguiça. Muita chuva à noite, lavando as calçadas e as almas pobres, deixando algum sol brilhar à tarde, para ver melhor os pequenos montes do barrocal a norte. Música de câmara do maestro Ivo Cruz, um olhanense, que nasceu no Brasil e viveu em Lisboa. "Palácio em ruínas", "Miosotis caindo", e "Cantar ao luar", tudo nomes que lembram o sul, o azul a norte do mar.
sábado, junho 16, 2007
Interesses
Está, agora, muito em moda dizer-se que não tenho interesses em nada...
Wiki

sexta-feira, junho 15, 2007
Rivolução
O facto de o Teatro Rivoli do Porto, ter sido reinaugurado com uma estopada pseudo-freak de La Féria, deve ter ofendido os portuenses. Em mim teria o mesmo efeito. Fora com esse interesseiro.
Berardo, outra vez
Joe Berardo está em todas as televisões, ao mesmo tempo. Como o homem do common sense não tem o dom da ubiquidade, sabemos que os canais filmaram antes e passam todos no início do jornal das 2oh. As acções do Benfica subiram e bem. Depois da arte, do vinho e do futebol, Berardo reparte-se cada vez mais a fazer sombra a Belmiro, sem interesse nenhum nos estudos do aeroporto em Alcochete, ou nas acções do Benfica. Daqui a uns tempos, vê-lo-emos ( ou veremo-lo, como ele diria) nalguma candidatura a sério.
Al Berto
Uma oportunidade única para conhecer AlBerto, poeta de Coimbra falecido há 10 anos,
dizendo poesia na sua terra natal, cheia de estudantes letrados e amantes da poesia,
"e um caralho a quem faz barulho".
Ouvir
quinta-feira, junho 14, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
Tradições II
Também cá no sul, chovem os cartazes das marchas populares, de Quarteira ou de Salir, agora elegidas em lugares da "grande tradição lisboeta", inventada pelo estado novo. Daqui a uns anos também serão grandes tradições genuínas e marcas da identidade local e regional. Estão aí muitos politiqueiros, da educação, do turismo e das autarquias, para inventar estas tradições. Aguardem.
Adenda de 15 de Junho: ler os poemas "As curiosidades etnográficas" e "Termos em desuso", de José Carlos Barros, que parece terem sido escritos para que o que disse se perceba.
Adenda de 15 de Junho: ler os poemas "As curiosidades etnográficas" e "Termos em desuso", de José Carlos Barros, que parece terem sido escritos para que o que disse se perceba.
Que raio de tradições
Também os candidatos à Câmara de Lisboa desfilaram nas marchas populares, por enquanto, ainda só na de Santo António, "um senhor careca, de bata castanha, com um filho ao colo e um livro...", como disseram as criancinhas entrevistadas. Todos eles manifestaram a certeza de que com eles, a tradição mais genuína de Lisboa não acaba. É verdade que estes homens não são obrigados a saber um pouquinho de antropologia. Mas ficava-lhes bem, uma vez por outra, não se armarem em popularuchos de bairro, a falar a "voz do povo".
terça-feira, junho 12, 2007
Alarga a rede
Alastra o vício, cá em casa.
segunda-feira, junho 11, 2007
Colecções
Para os que pensavam que eu não tinha qualquer colecção particular: >
sexta-feira, junho 08, 2007
Maldade de sexta-feira
Muitos jovens de hoje, nos quais luz algum talento, tentam ser reaccionários. Pobres coitados! Eles bem tentam ser eixosos do Mal, mas de más intenções, lamento informar, está o Paraíso cheio. E são tantos: o Beto Gonçalves, o Pereira Coutinho, a Helena Matos, o Padre Mexia… Infelizmente para eles (mas não para nós), não é reaccionário quem quer. Só quem não pode ser outra coisa. (Rui Zink, com nova imagem)
Palavras
Também as palavras ferem.
Gretas profundas na carne,
Linhas negras marcadas na água,
Um vislumbre do tempo.
Gretas profundas na carne,
Linhas negras marcadas na água,
Um vislumbre do tempo.
quinta-feira, junho 07, 2007
A capital da cultura
Em Julho e Agosto, no Allgarve Edition (expressão que já comentei aqui), Lila Downs, Bryan Ferry, Elvis Costello, Lloyd Cole, Vaya con Dios, Vicente Amigo e outros. Um programa nada despiciendo de cantores e compositores. O que é curioso é que, com excepção de Vaya e Amigo, todos os concertos se realizam no concelho de Loulé. É difícil bater o peso económico e político deste concelho do centro do Algarve. Claro que a Câmara, aqui, tem um papel estratégico fundamental de reversão política. Mas não se pode ignorar que o programa em causa, somado ao IV Festival Med, ao 13º Festival de Jazz de Loulé e a muitos outros eventos, faz de Loulé a capital cultural do Algarve. Algo que já vem de outros tempos, recordam-se?
quarta-feira, junho 06, 2007
Livros da blogosfera

A prova de que a blogosfera não apaga a presença do livro, está aqui. De borla, com a revista Sábado, para ler neste tempo de raios ultra, sem sol. Sopesar nas mãos, abrir ao acaso para ler um post qualquer do autor, ou iniciar em A e terminar, um dia destes, em V.
terça-feira, junho 05, 2007
O carreirista
Após ter surripiado por três vezes a compota da despensa, seu pai admoestou-o.
Depois de ter roubado a caixa do senhor Esteves da mercearia da esquina, seu pai pô-lo na rua.
Voltou passados vinte e dois anos, com chófer fardado.
Era Director Geral das Polícias. Seu pai teve o enfarte.
Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tonic, carreirismo.
Depois de ter roubado a caixa do senhor Esteves da mercearia da esquina, seu pai pô-lo na rua.
Voltou passados vinte e dois anos, com chófer fardado.
Era Director Geral das Polícias. Seu pai teve o enfarte.
Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tonic, carreirismo.
segunda-feira, junho 04, 2007
Calma de Junho
Um pouco longe do fresquinho deste teclado: nestes últimos dias, conversas, praias, desporto dos filhos, trabalho académico de fim de ano, à espera do júri da tese de mestrado, manhãs cedo e fins de tarde na varanda, com cheiro a restolho pisado das últimas cabras e ovelhas da mãe soberana. Sem vontade de comentar os critérios de correcção das provas de português do 4º (o meu filho também a fez) e 9º anos.
Calor, muito calor, só o gin gelado refresca. Encomendo os "Contos do Gin-Tónico", do Mário-Henrique Leiria, à Fnac, que cedo responde e mos envia. Leio, refrescado, como se estivesse à sombra do Peter a beber gin sem álcool.
À noite, só a beleza estonteante do vermelho-sangue de Roma me satisfaz.
Calor, muito calor, só o gin gelado refresca. Encomendo os "Contos do Gin-Tónico", do Mário-Henrique Leiria, à Fnac, que cedo responde e mos envia. Leio, refrescado, como se estivesse à sombra do Peter a beber gin sem álcool.
À noite, só a beleza estonteante do vermelho-sangue de Roma me satisfaz.
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