Nuno Crato tem, hoje no Expresso, um texto interessante sobre a técnica de "andar à chuva". A questão é saber se nos molhamos mais andando devagar ou correndo. Crato termina o artigo defendendo que é sempre melhor correr. Esta história lembra-me sempre o Tio Lázaro, que sempre recusava andar mais depressa ou correr quando se dirigia, da fábrica onde trabalhava ou da taberna da Ti Gertrudes, para casa. Quase sempre o invectivava, porque adorava ouvir a sua resposta: "Qual quê, menino. Assim, apanho a chuva de trás e a da frente.". Sempre pensei que ele teria razão. Mas quando chovia, e chove, preferia e prefiro andar depressa ou correr. Como o matemático Nuno Crato prova.