Para quem conhece o percurso de Marcelo Rebelo de Sousa, desde os tempos de diretor do Jornal «Expresso», sabe que ele não dá ponto sem nó. A manipulação da perceção política e social que criou à sua volta, desde os tempos em que 'ditava às secretárias dois textos diferentes ao mesmo tempo sem se enganar', até à dita salvação de duas jovens no mar ao largo da Praia de Alvor, é um caminho trilhado como uma máscara no teatro dos sonhos de qualquer presidente; ou candidato ao cargo. Assim se percebe que a ideia transmitida, de que só pensa num segundo mandato daqui a uns meses, é a falsidade de quem sabe que está permanentemente em campanha. E o caso do fait diver da canoa das meninas e dos conselhos aos banhistas é uma ação de campanha que vale muitos votos. Sobretudo quando tem atrás de si o povoléu que gosta de telefonar aos familiares para o ver, qual emplastro, atrás do presidente. Ou então, ouvir os textos dos parvos dos jornalistas da TVI a referir-se a Marcelo como nadador-salvador, ou candidato ao Instituto de Socorros a Náufragos. Que comunicação social tão rasteira! Que campanha tão chã!