As eleições em Espanha, do passado domingo, aproximam os resultados das eleições legislativas de Portugal em 1995, sobretudo na situação da instabilidade governativa dos projetos hegemónicos do capitalismo. Sem maiorias absolutas, não tem havido governação absoluta dos partidos 'socialistas' em Portugal e em Espanha. Por ora, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) mantém o mesmo discurso e hesitação, entre os acordos legislativos à direita ou à esquerda, sendo que em Espanha o parlamento, agora com a presença da extrema-direita do Vox, merece outra atenção. No entanto não é só o PSOE que tem titubeado na crise institucional do país vizinho, com eleições sucessivas e o 'tsunami' catalão. Também o Unidas Podemos, sobretudo da linha Pablo Iglésias, tem mostrado não estar à altura de acordos que livrem a direita espanhol de tomar o poder. A cisão da UP, por via do Más País, de Inigo Errejón, que alcançou 3 deputados (uma espécie de Livre do Bloco português), mostra que o caminho deve ser esse mesmo: deixar de querer lugares no governo e para já aceitar as devidas condições para uma maioria de esquerda no parlamento de Espanha.
Para uma leitura do que diz Daniel Oliveira no Expresso diário (via blog de Joana Lopes), clicar nas palavras sublinhadas.