De Francisco José Viegas li vários livros, quase todos policiais passados em Portugal. Tinha deixado este em banho maria, mas a história também cruza um polícia com a busca de memórias da colónia, não a colónia do capitalismo português, mas a cidade das acácias, a pérola do Índico, como refere o autor.
De Moçambique não tenho memórias, nem de cafés, nem de cinemas, nem de bailes, nem de cervejas, nem de pretos, nem de brancos, nem de lagos, nem de rios...
De Moçambique, tive um carro, um Austin 1000 branco, comprado a uma amiga minha, que deve ter comprado à sua mãe, e que ficou ali, até ser levado para abate. De Moçambique fugi da guerra, melhor antecipei a fuga, recusando dar o nome em janeiro de 1974, no ano em que faria 18 anos e lia «A Mãe», de Máximo Gorki.